sábado, 26 de novembro de 2016
sexta-feira, 19 de agosto de 2016
Carta a um Testemunha de Jeová
por Williams Araújo
original em:
http://www.igrejaredencao.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2720:carta-a-um-testemunha-de-jeova&catid=17:pastoral&Itemid=114#.V7bo6JiU1aQ
Caro Américo, já há algum tempo temos estudado o seu livrete O
que a Bíblia realmente ensina e resolvi escrever esta carta diante de
tudo que vimos. Primeiro aprendemos sobre a pessoa de Jesus Cristo. Ambos
concordamos que ele é o Messias prometido noAntigo Testamento. Textos
como Miqueias 5.2; Isaías 7.14; Oseias 11.1 e Isaías
40.3não deixam dúvidas quanto a isso.
Concordamos também, caro Américo, que, antes da vinda de
Cristo, ele estava no céu com Deus. João 3.13; 6.38, 62 e 17.5 deixam
isso muito claro. Concordamos ainda que Jesus é o modelo que Deus nos deu e que
devemos imitá-lo, seguindo seu exemplo de obediência e humildade (Jo 13.15; Hb
12.2-3; Fp 2.5-8). Também acreditamos que ele é o filho
unigênito de Deus e que todas as coisas foram criadas por ele (Jo 1.3; 3.16; Cl
1.16-17).
Entretanto, Américo, apesar de ambos concordarmos nesses
pontos, divergimos em vários outros. O seu livrete afirma que Jesus Cristo é
uma criatura espiritual. Afirmar isso equivale a dizer que Cristo não é eterno,
pois, se ele foi criado, houve um tempo em que ele não existia. Essa afirmação
é heterodoxa (pra não dizer herética), pois as escrituras afirmam que Cristo é
eterno. Miqueias 5.2 diz que o Messias
existe “desde os dias da eternidade”. Em Isaías 9.6, o
profeta declara que seu nome seria “Pai da Eternidade”. Em João
8.58Jesus disse: “Antes que Abraão existisse, EU SOU”. Essa
afirmação atesta sua eternidade, pois, caso quisesse falar apenas da sua
preexistência, teria dito “eu era”. Finalmente, em Apocalipse 22.13 Jesus
diz ser o “Alfa e o Ômega”.
Quem nega a eternidade de Cristo acaba negando também a sua
divindade — outra crença heterodoxa. EmRomanos 9.5, porém, Paulo diz que
Cristo é “Deus bendito eternamente”. Em João 10.30,
Jesus afirma ser da mesma substância do Pai. Em Colossenses 2.9,
aprendemos que em Cristo habita toda a plenitude da divindade. Em Mateus
18.20, o Mestre afirmou sua onipresença, um atributo incomunicável de
Deus. Marcos 2.1-12 mostra Jesus oferecendo perdão eterno,
algo que só Deus pode dar. Ademais, em 1João 5.20, o apóstolo diz:
“Sabemos também que o Filho de Deus já veio e nos deu entendimento, para
conhecermos aquele que é verdadeiro; e estamos naquele que é verdadeiro, isto
é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna”. O
simples fato de Jesus ser eterno já evidencia sua divindade, pois existe apenas
um Deus eterno (Sl 90.2).
Américo, muito antes do Charles Taze Russell (fundador das
Testemunhas de Jeová [1852-1916]) nascer, existiu um homem que disseminou uma
cristologia muito semelhante à de vocês. Seu nome era Ário (250-336).
Ário foi um presbítero da igreja de Baucalis e, influenciado
pelos ensinos de Luciano de Antioquia e, parcialmente, de Orígines de
Alexandria, chegou à conclusão que Jesus Cristo não é Deus. Ele acreditava que,
por Deus ser eterno, único e imutável, não poderia ser divisível. Logo, tudo
que existe foi criado do nada por Deus. Entretanto, antes de criar todas as
coisas, ele criou o Logos, e por intermédio dele, criou todas as
outras coisas. O Logos, segundo Ário, é anterior e superior a todas
as criaturas. É a primeira e mais importante de todas as criaturas de Deus, mas
não é eterno, pois teve um início, e nem é superior ou igual a Deus. O ensino
de Ário pode parecer bastante coerente, mas é herético. O arianismo teve muitos
adeptos, bispos de igrejas importantes aderiram à corrente ariana.
Um dos combatentes do arianismo foi Alexandre de Alexandria
(?-326). O mais incisivo de seus argumentos foi dizer que os arianos negavam a
imutabilidade do Pai, pois, afirmar que houve um tempo em que Cristo não
existia, consistia em dizer que houve um tempo em que Deus não era Pai.
Isso faria com que ele não fosse imutável. Alexandre demonstrou sua preocupação
com o ensino herético de Ário, pois sabia que a divindade de Jesus era um
importante pilar do cristianismo — e negá-la seria opor-se a todo o ensino
apostólico.
Ele estava certo. Diante disso tudo, caro amigo, preciso
dizer que você crê e ensina doutrinas falsas que têm aparência de piedade e
verdade, mas são contrárias aos verdadeiros ensinamentos da Bíblia.
Aliás, a Bíbliaque vocês utilizam está parcialmente adulterada e
isso faz com que vocês tenham concepções errôneas a respeito de verdades
importantes da Palavra de Deus.
Vocês mesclam a verdade com a mentira, a ortodoxia com a
heresia e, assim, demonstram uma verdade pregada por Irineu de Lião (?-202) que
dizia que os falsos mestres misturavam leite com gesso. O leite é bom, saudável
e gostoso, mas se está contaminado, tudo deve ser descartado. Você está num
caminho de destruição, ensinando doutrinas falsas e induzindo outras pessoas ao
erro.
Vocês creem num falso Cristo e, como já disse o Pr. Paulo
Romeiro, “quem crer no Jesus errado, embarca em uma
salvação errada, e pode desembarcar no céu errado”. Por isso, meu caro
Américo, eu o aconselho a sair desse caminho e a crer em Jesus Cristo, o
Deus-homem, que é um com o Pai e que é a nossa única esperança de salvação.
E não há salvação em nenhum outro, pois debaixo do céu
não há outro nome entre os homens pelo qual devamos ser salvos (At
4.12).
segunda-feira, 2 de maio de 2016
quinta-feira, 21 de abril de 2016
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