terça-feira, 24 de abril de 2012

Verdades e Mitos sobre a Páscoa


Augustus Nicodemus Lopes

Nesta época do ano celebra-se a Páscoa em toda a cristandade, ocasião que só perde em popularidade para o Natal. Apesar disto, há muitas concepções errôneas e equivocadas sobre a data.

A Páscoa é uma festa judaica. Seu nome, “páscoa”, vem da palavra hebraica pessach que significa “passar por cima”, uma referência ao episódio da Décima Praga narrado no Antigo Testamento quando o anjo da morte “passou por cima” das casas dos judeus no Egito e não entrou em nenhuma delas para matar os primogênitos. A razão foi que os israelitas haviam sacrificado um cordeiro, por ordem de Moisés, e espargido o sangue dele nos umbrais e soleiras das portas. Ao ver o sangue, o anjo da morte “passou” aquela casa. Naquela mesma noite os judeus saíram livres do Egito, após mais de 400 anos de escravidão. Moisés então instituiu a festa da “páscoa” como memorial do evento. Nesta festa, que tornou-se a mais importante festa anual dos judeus, sacrificava-se um cordeiro que era comido com ervas amargas e pães sem fermento.

Jesus Cristo foi traído, preso e morto durante a celebração de uma delas em Jerusalém. Sua ressurreição ocorreu no domingo de manhã cedo, após o sábado pascoal. Como sua morte quase que certamente aconteceu na sexta-feira (há quem defenda a quarta-feira), a “sexta da paixão” entrou no calendário litúrgico cristão durante a idade média como dia santo.

Na quinta-feira à noite, antes de ser traído, enquanto Jesus, como todos os demais judeus, comia o cordeiro pascoal com seus discípulos em Jerusalém, determinou que os discípulos passassem a comer, não mais a páscoa, mas a comer pão e tomar vinho em memória dele. Estes elementos simbolizavam seu corpo e seu sangue que seriam dados pelos pecados de muitos – uma referência antecipada à sua morte na cruz.

Portanto, cristãos não celebram a páscoa, que é uma festa judaica. Para nós, era simbólica do sacrifício de Jesus, o cordeiro de Deus, cujo sangue impede que o anjo da morte nos destrua eternamente. Os cristãos comem pão e bebem vinho em memória de Cristo, e isto não somente nesta época do ano, mas durante o ano todo.

A Páscoa, também, não é dia santo para nós. Para os cristãos há apenas um dia que poderia ser chamado de santo – o domingo, pois foi num domingo que Jesus ressuscitou de entre os mortos. O foco dos eventos acontecidos com Jesus durante a semana da Páscoa em Jerusalém é sua ressurreição no domingo de manhã. Se ele não tivesse ressuscitado sua morte teria sido em vão. Seu resgate de entre os mortos comprova que Ele era o Filho de Deus e que sua morte tem poder para perdoar os pecados dos que nele creem.

Por fim, coelhos, ovos e outros apetrechos populares foram acrescentados ao evento da Páscoa pela crendice e superstição populares. Nada têm a ver com o significado da Páscoa judaica e nem da ceia do Senhor celebrada pelos cristãos.

Em termos práticos, os cristãos podem tomar as seguintes atitudes para com as celebrações da Páscoa tão populares em nosso país: (1) rejeitá-las completamente, por causa dos erros, equívocos, superstições e mercantilismo que contaminaram a ocasião; (2) aceitá-las normalmente como parte da cultura brasileira; (3) usar a ocasião para redimir o verdadeiro sentido da Páscoa. 

Eu opto por esta última.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Desequilíbrio perfeito


   

Frequentemente estamos em busca de uma vida equilibrada. De tempo em tempo fazemos o propósito de equilibrar horas de sono com horas de trabalho, proteína e carboidrato, tempo com Deus e tempo na internet, família e amigos, enfim, em todas as áreas da nossa vida. Estamos sempre reavaliando o peso das escolhas que fazemos e não foi diferente quando chegamos em casa depois da última viagem que fizemos para a aldeia.Houve um grande desequilíbrio entre perigo e proteção, cansaço e conquista.

Não foi exagero quando pedimos oração pelas pontes que iríamos atravessar. A maioria estava bem ruim, mas conseguimos passar por todas elas.

     

        




 Durante o tempo na aldeia, ficamos hospedados numa casa com várias pessoas e não dormimos tão bem, mas tivemos a força e alegria necessárias para ensinar os 112 alunos que participaram das aulas sobre a família cristã.







No dia do nosso retorno, saímos da aldeia as 5h da manhã e só chegamos em casa as 19h. Uma peça que segura o motor do carro quebrou. Estávamos muuuuito longe de uma pequena vila e só podíamos ver mato ao nosso redor, mas o Senhor deu habilidade e criatividade para o Sergião. Depois de quase 3h de trabalho, ele conseguiu improvisar uma peça de madeira que nos ajudou a chegar até aquela vila. O mecânico precisou de mais 2h e meia para trocar os parafusos que nos ajudaram a seguir viagem até Boa Vista.








 Estávamos cansados, com fome, sujos e com muitas roupas para lavar, mas as lembranças do culto de encerramento do curso nos abasteceu de gratidão e fé. Vários indígenas deram testemunho sobre o impacto das aulas em suas vidas. Dois líderes que estavam afastados a alguns anos, se arrependeram e decidiram voltar para Jesus. As pessoas estavam mais alegres e cheias de esperança.






Há um grande desequilíbrio entre os pequenos detalhes das coisas que acontecem para nos tirar do foco e as grandes transformações que o Espírito Santo gera através do ensino da Palavra de Deus. Estas situações trouxeram à nossa mente as palavras de Paulo quando ele escreveu em  2 Coríntios 4:17:

“Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um eterno peso de glória, acima de toda comparação.”
 
Pese sua vida na balança de Deus.
 Com carinho.
Servindo nas aldeias.
Sergião e Marcia
       Mc 1:38


sábado, 14 de abril de 2012

Igreja ou picadeiro?


Tenho grandes preocupações com o caminho que muitos líderes religiosos estão seguindo hoje em dia. Parece-me que estamos desejando reinventar a igreja, à nossa moda. Causa-me também a impressão de que esses líderes estão mais interessados em manter o auditório animado num frenesi recheado de entretenimento. Deus se torna, então, um mero detalhe e não deve atrapalhar o culto-show. Se uma “ovelha” não pode participar ou está desanimada, logo é descartada e substituída por quem está “interessado”. Afinal, o show não pode parar.

O sermão acaba sendo transformado num emaranhado de chavões que levam o povo ao delírio, desafiando-o a “contribuir” mais para com a “causa” – não posso dizer que essa é a causa de Deus, mas certamente é a do líder e da igreja. A Bíblia também se torna apenas um detalhe de onde são sacados os versículos, geralmente fora de contexto, para legitimar e sacralizar a palavra certeira do pregador. O momento de louvor passa a ser uma verdadeira obra de arte mobilizada por artistas bem “afinados” com a harmonia musical, mas sem garantias de que estejam sintonizados com o mestre, vivendo uma vida de santidade. Pois, o que importam são os resultados, a obra refinada do entretenimento aprovado pelo público.

O ofertório, no caso de uma igreja “de mercado”, é que acaba sendo o clímax do “culto”. É o momento quando você deve demonstrar a sua fé pagando o sacrifício por um bem maior, dando para o “reino” – certamente do líder e da igreja – aquilo que lhe é mais precioso. Num teatro e num circo há uma diferença, você paga antes de entrar; aqui, é no meio do “show”.

Parece-me que o que se considera é a lei de mercado em que a demanda é a impulsora e geradora das estratégicas adotadas. Agradar o “cliente” custe o que custar, para que ele encha de dinheiro o caixa da denominação e mantenha a sua fidelização no rol de membros para pontuar as estatísticas da igreja e do “sucesso” do seu líder. Igreja é muito mais do que isso, culto é muito mais do que isso. Aliás, não é nada disso. Igreja somos nós, pessoas por quem Cristo morreu e ressuscitou. Viver igreja é viver em partilhamento de vida, viver em comunhão, depender uns dos outros, ser motivo de cura interior mútua, estimular o próximo a viver pela fé…

Culto, muito mais do que um evento, é um estado de vida (Rm 12.1). Culto é resultado de uma vida vivida diariamente aos pés do mestre em todos os sentidos – no aspecto pessoal e íntimo, no matrimônio e família, na vida profissional, na vida social etc. O mais importante de um culto não é a pregação, não é outra coisa senão a adoração, o louvor que flui e um coração quebrantado e contrito. Se isso pode ser feito como obra de artista muito bem, mas se não pode, Deus aceitará do mesmo modo.

Portanto, temos que decidir se vivemos a igreja e cultuamos a partir dos princípios do Evangelho ou se a transformamos num picadeiro.

Pr. Lourenço Stelio Rega
Teólogo, educador e escritor

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Família Gomes - Moçambique (fev/mar)


Novos começos!

Em Moçambique não tem carnaval (graças a Deus!). Mas por aqui o ano também começou em fevereiro. A gente explica: Janeiro, no acampamento, ainda colhemos os frutos que plantamos no ano anterior. Então, é em fevereiro que retomamos iniciativas de crescimento do ministério e de acompanhamento das igrejas parceiras. E que ótimo recomeço!
Foram quatro encontros de treinamentos para Clubes Bíblicos, dois em Maputo e dois em Gaza. A média de participação foi de 80 e 60 líderes, respectivamente. Alguns de igrejas que já eram parceiras e outros novos contatos, de novas igrejas.

O resultado é que hoje acompanhamos 20 igrejas na região de Maputo, 5 na região de Gaza e uma em Nampula. Cada uma com suas particularidades e seus níveis de desenvolvimento e implantação.
Durante os treinamentos anunciávamos o evento que aconteceria a seguir, em março. O já tradicional IntegrAÇÃO também aconteceria em duas edições, uma em cada província. Fomos agradavelmente surpreendidos com a participação dos jovens, especialmente em Gaza, onde as coisas acontecem um pouco mais devagar. Lá foram cerca de 100 jovens e em Maputo 150, faltando representantes de duas igrejas importantes. Ou seja, o alcance do ministério está claramente aumentando. Graças a Deus!

Em março também tivemos o acampamento internacional, que realizamos em parceria com a Palavra da Vida África do Sul, para os jovens da escola sul-africana em Maputo. Eram cerca de 45 alunos e mais 20 equipantes, incluindo nosso pessoal. Tudo (ou quase tudo) em inglês, já que esse é o idioma oficial da escola. O pessoal da África do Sul estava animado e trouxe várias brincadeiras novas. Muita diversão e descontração nos momentos de lazer.

“Who are you following?” ou “ A quem estás a seguir?” era a pergunta que confrontava diariamente os acampantes nas reuniões, encontros e tempos informais de investimento. O nosso Deus ganhou cinco novos jovens seguidores e muitos outros decidiram rever suas vidas e seguir a Jesus de verdade! Aleluia. Duas conversões foram ainda mais marcantes e queremos destacar: dois rapazes mulçumanos que acompanhávamos a cerca de um ano e meio. Um deles deu testemunho no culto da fogueira e mostrou muita clareza e convicção em sua decisão.

Orem por todos esses jovens, para que se mantenham firmes em suas decisões, e por nós, que temos a responsabilidade de acompanhá-los e orientá-los nos próximos passos. Novos começos.

E na família...

Em fevereiro, a Bibiana esteve no Brasil com a Ester. Elas foram presenteadas com as passagens e tiveram um tempo especial com a família e amigos.
Enquanto elas estavam lá, Lucas, irmão do Enéias, veio passar 10 dias em Moçambique. Além de fazer companhia ao irmão e conhecer um pouquinho da África, Lucas participou de alguns treinamentos e viagens ministeriais.

Carinho de Deus com nossa família! Só podemos agradecer e louvar ao Senhor pelos novos começos que Ele nos proporciona sempre.

Enéias Jr., Bibiana e Ester Nyeleti
gomesemmissao.wordpress.com

terça-feira, 10 de abril de 2012

Facebook é melhor do que a igreja?


Se fizermos essa pergunta para alguns crentes esses imediatamente responderiam: Claro que não, a igreja é melhor que o Facebook. Mas não é isso que muitos estão provando. Pois uma coisa é o que falamos outra coisa é o que fazemos. Para muitos crentes o Facebook é sim melhor do que a igreja. Provas:

  1. Crentes que no horário do culto estão no Facebook. E isso é muito fácil de saber.
  1. Crentes que ficam no Facebook fazendo piada, defendendo com unhas e dentes seu time, conversando fiado, falando de novela, e não falam de sua igreja, não a defendem, não promovem suas programações.
  1. Crentes e até líderes de igreja que passam 1, 2, 5, 10 e pasmem até 15 horas no Facebook e não vão aos cultos da igreja que duram 1h ou 1h30.
  1. Crentes que trocam a comunhão da igreja, o aperto de mão, o sorriso, o abraço, o orar juntos, o ouvir o irmão, o falar com o irmão, o perdoar, a cura nos relacionamentos para ficar sozinho em um ambiente com um computador, um mouse, um teclado, um monitor, etc.
  1. Crentes que compartilham várias coisas menos a sua fé, crentes que curtem várias coisas só não curtem a igreja.
  1. Crentes que adicionam em sua lista de amigos pessoas que nunca viram, mas que não conhecem nem os membros de sua igreja, seus irmãos em Cristo.
Amados, não tenho nada contra o Facebook, na verdade gosto muito. Mas queridos, para mim o Facebook nunca será melhor do que a igreja. Nunca trocarei a igreja pelo Facebook. Facebook não é melhor do que igreja.

Samuel Amaro dos Santos
Pastor da IB em Laje do Muriaé


Extraído de: O jornal Batista, Ano CXII, Edição 13,  Domingo, 25.03.2012

domingo, 8 de abril de 2012

Esboço da Ultima Semana de Jesus - Domingo

Domingo

1) Ressurreição de Cristo


Mt 28.1-15; Mc 16.1-14; Lc 24.1-49; Jo 20.1-23

Fonte: Bíblia Anotada Expandida, Charles Ryrie

sábado, 7 de abril de 2012

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Esboço da Ultima Semana de Jesus - Sexta


Sexta-Feira

1) Julgamento (2ª fase) e condenação de Jesus, Jerusalém (Pilatos, Herodes, Pilatos)

Mt 27.11-31; Mc 15.1-20; Lc 23.1-25; Jo 18.28-19.16

2) Suicídio de Judas, Jerusalém

Mt 27.3-10

3) A crucificação e morte de Jesus na cruz do Calvário, Jerusalém (09h as 15h)

Mt 27.32-56; Mc 15.21-41; Lc 23.33-49; Jo 19.17-37

4) O sepultamento de Jesus, Jerusalém

Mt 27.57-66; Mc15.42-47; Lc 23.50-56; Jo 19.38-42


Adaptado pelo Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
Fonte: Bíblia Anotada Expandida, Charles Ryrie
Bíblia em ordem Cronológica

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Esboço da Ultima Semana de Jesus - Quinta


Quinta-Feira

1) A última Páscoa, instituição da Ceia Memorial, Jerusalém

Mt 26.17-30; Mc 14.12-26; Lc 22.7-20

2) O lava pés, Jesus conforta seus discípulos, Jerusalém

Jo 13.1-17,31-38; 14.1-16.33

3) Jesus ora por si e pelos seus discípulos, Jerusalém

Jo 17.1-26

4) Agonia no Getsêmani e prisão de Jesus, Jerusalém

Mt 26.36-56; Mc 14.32-50; Lc 22.39-53; Jo 18.1-12

5) Julgamento de Jesus (1ª fase), Jerusalém (Quinta à noite) – Sinédrio

Mt 26.57-68; Mc 14.53-65; Lc 22.54,63-71; Jo 18.12-14,19-24

6) Pedro nega Jesus, Jerusalém

Mt 26.69-75; Mc 14.66-72; Lc 22.54-62; Jo 18.15-18,25-27



Adaptado pelo Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
Fonte: Bíblia Anotada Expandida, Charles Ryrie
Bíblia em ordem Cronológica

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Esboço da Ultima Semana de Jesus - Quarta


Quarta-Feira

1) Jesus anuncia sua paixão, Jerusalém

Mt 26.1,2

2) Conspiração contra Jesus, traição de Judas, Jerusalém

Mt 26.3-5,14-16; Mc 14.1,2,10-11; Lc 22.1-6


Adaptado pelo Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
Fonte: Bíblia Anotada Expandida, Charles Ryrie
Bíblia em ordem Cronológica

terça-feira, 3 de abril de 2012

Esboço Ultima Semana de Jesus - Terça


Terça-Feira

1) Jesus ensina no templo, sua autoridade é contestada, Jerusalém

Mt 21.23-23.36; Mc 11.27-12.44; Lc 19.47-21.4

2) Jesus lamenta a sua rejeição por Jerusalém

Mt 23.37-39

3) O sermão escatológico, Jerusalém

Mt 24.1-25.46; Mc 13.1-37; Lc 21.5-36



Adaptado pelo Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
Fonte: Bíblia Anotada Expandida, Charles Ryrie
Bíblia em ordem Cronológica

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Esboço da Última Semana de Jesus - Segunda


Segunda-Feira

1) Jesus amaldiçoa uma figueira, entre Betânia e Jerusalém 

Mt 21.18-22; Mc 11.12-14,19-26; Lc 19.45,46

2) Jesus purifica o templo pela segunda vez, Jerusalém 

Mt 21.12,13; Mc 11.15-18; Lc 19.45-48


Adaptado pelo Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
Fonte: Bíblia Anotada Expandida, Charles Ryrie
Bíblia em ordem Cronológica







domingo, 1 de abril de 2012

Esboço da Última Semana de Jesus - Domingo

Domingo

1) A entrada triunfal, lamento sobre a cidade, Jesus entra no templo, Jerusalém

Mt 21.1-17; Mc 11.1-11; Lc 19.28-44; Jo 12.12-19




Adaptado pelo Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
Fonte: Bíblia Anotada Expandida, Charles Ryrie
Bíblia em ordem Cronológica