quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Apenas uma pessoa certa


Joshua Harris
Joshua Harris
Muito me é útil lembrar que um dia, no céu, haverá apenas uma pessoa certa.
Sinto muito, mas não será você. Nem eu.
Será Deus.
Todas as pessoas no céu estarão erradas em um milhão de coisas diferentes e de um milhão de maneiras diferentes. A Bíblia nos diz que somente aqueles que confiaram em Jesus Cristo, que abandonaram o pecado e creram nele, estarão na presença de Deus. Mas em uma série de questões secundárias, descobriremos o quanto estamos errados.
Talvez algumas pessoas imaginem o céu como um lugar onde todas as pessoas “corretas” celebrarão seu feito de terem chegado lá. Mas não acho que isso seja verdade. Acredito que será um lugar de tremenda humildade.
O engraçado é que eu estou realmente ansioso por este aspecto do céu. Mal posso esperar para ter a consciência cristalina de que todas as opiniões, atitudes, idéias e estratégias que tive nessa vida estavam simplesmente erradas.
Ninguém irá se orgulhar. Ninguém irá se vangloriar. Todos nós iremos querer conversar sobre quão errado estávamos a respeito de muitas coisas e o que Deus fez para nós. Eu posso imaginar alguns dizendo: “Sério, sou a pessoa mais indigna que está aqui.”
E depois, outra pessoa irá dizer: “Não, amigo, foi preciso mais graça para eu estar aqui. Você precisa ouvir minha história.”
E nos diremos: “Sem ofensas, Rei Davi, mas já ouvimos sua história. Deixe mais alguém compartilhar.” (É claro que mais tarde deixaremos ele compartilhar de novo.)
E ao final de cada conversa, concordaremos que, quando estávamos na velha terra, nós não tínhamos, realmente, a idéia de quão imerecida a graça é. Nós a chamávamos de graça, mas realmente não achávamos que fosse graça totalmente. Pensávamos que poderíamos adicionar apenas um pouco de alguma coisa boa. Que tínhamos merecido só um pouco. Perceberemos nossa vergonha de, em diferentes graus, confiarmos em nosso intelecto, nossa moral, a retidão de nossa doutrina e nosso desempenho religioso, quando tudo foi somente pela graça.
“Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie.” (Efésios 2.8-9)
Cada um de nós vai ter um monte coisas pelas quais vai pedir desculpas.
Estimo que algo em torno de dez mil anos de céu serão gastos pelo povo redimido de Deus para pedir desculpas uns aos outros por todas as formas de julgamento e disputas de posição, orgulho, divisões e arrogância. (É claro que isto é apenas uma estimativa, isso talvez tome os primeiros vinte mil anos.)
Imagino Paulo dizendo a Barnabé o quanto ele se arrepende por ter se separado a equipe por causa de Marcos. E admitindo a Marcos que deveria ter sido mais disposto a dar-lhe outra chance. E, então, todos os cristãos de Corinto do primeiro século dirão a Paulo o quanto se sentem mal pelo incômodo que foram a ele.
Todas as pessoas das igrejas que se separaram por coisas bobas como música de órgão vão se reunir e se abraçar. Os batistas e os presbiterianos estarão juntos, e um lado admitirá ao outro que estava errado a respeito do batismo. E, em seguida, o lado que estava certo vai dizer que estava arrependido de seu orgulho e de todos os comentários sarcásticos que fizeram. E, então, não existirão mais lados, e tudo será esquecido.
Porque todos nós, é claro, seremos felizes ao perdoar uns aos outros. E continuaremos dizendo: “Mas Deus usou para o bem. Até então, nós não podíamos ver, mas Ele trabalhava em cada pecado e fraqueza nossa.”
Nesse meio tempo, devemos nos esforçar para manter nossas crenças com uma bondade e misericórdia que não vá nos envergonhar no céu.
Traduzido por André Carvalho | iPródigo.com | Original aqui

O conhecimento que ama


John Piper
John PiperO trecho a seguir foi retirado do capítulo 12 do livro “PENSE”, de John Piper, que será lançado em breve pela Editora Fiel. Nesta passagem do livro, Piper analisa o texto de 1 Co. 8.1-11, e adverte o leitor sobre o objetivo de todo conhecimento baseado na verdade: o amor a Deus e ao próximo.
Vocês não sabem como convém saber
Como Paulo prosseguiu para abordar o conhecimento que ensoberbecia os corintos? Em 1 Co. 8.2, Paulo disse: “Se alguém julga saber alguma coisa, com efeito, não aprendeu ainda como convém saber”. Isso não significa que Paulo achava que os cristãos não sabiam as coisas. Dez vezes nesta epístola ele chama a atenção dos coríntios por não saberem coisas cruciais que já deviam saber sobre Deus e a vida (3.16; 5.6; 6.2, 3, 9, 15, 16, 19; 9.13, 24).
PenseQuando Paulo os repreendeu por julgarem “saber alguma coisa”, ele tinha em mente a atitude deles. Em um sentido, eles “sabiam”. Mas não sabiam como lhes convinha saber. Por isso, em um sentido profundo, eles não sabiam de modo algum. Não tinham o único tipo de conhecimento que será levado em conta no final. Eles imaginavam que sabiam.
Isso é profundo. Paulo estava dizendo que o saber (e o pensar que o produz) não é verdadeiro apenas porque contém doutrina correta sobre comida oferecida a ídolos. Aqueles cristãos sabiam alguns fatos verdadeiros sobre Deus e sobre sua liberdade, mas Paulo disse que eles apenas imaginavam que sabiam. Em outras palavras, eles não tinham um verdadeiro conhecimento. Não sabiam como deviam saber e, por isso, não sabiam verdadeiramente. Imaginavam que sabiam.
O verdadeiro saber ama as pessoas
Agora, a pergunta crucial é: o que tornaria esse saber imaginário em saber verdadeiro? Em outras palavras, o que significa saber como devemos saber? Pensar como devemos pensar? A resposta está no texto anterior e no posterior.
No texto anterior, Paulo disse que o amor edifica (v. 1). Isso implica que qualquer conhecimento que não está a serviço do amor não é verdadeiro conhecimento. É conhecimento prostituído. É como se Deus pusesse instrumentos cirúrgicos em nossas mãos e nos ensinasse como salvar os doentes, mas os usamos para realizar um exímio ato de malabarismo enquanto os doentes morrem. Saber e pensar existem por causa do amor – por causa da edificação do povo de Deus na fé. O pensar que produz orgulho, em vez de amor, não é verdadeiro pensar. Apenas imaginamos que estamos pensando. Deus não o vê como pensar. Não é cirurgia, é malabarismo.
O verdadeiro saber ama a Deus
Ao procurar entender o que o versículo 2 significa ao dizer: “Não aprendeu ainda como convém saber”, eu disse que a resposta está no texto anterior e no posterior. Já a vimos no texto anterior: “O amor edifica” (v. 1).
Agora, no posterior: “Mas, se alguém ama a Deus, esse é conhecido por ele” (v. 3). Paulo igualou o saber como devemos saber com o amar a Deus. Em conexão com o versículo 1, ele fez do amar as pessoas o critério do verdadeiro saber. E, em conexão com o versículo 3, ele fez do amar a Deus o critério de verdadeiro saber.
Vemos a ligação entre esse texto amor a Deus com todo o nosso entendimento. Essa é a razão de ser de nossa mente. E, nesta passagem, Paulo estava dizendo que amar a Deus é o que fazemos quando sabemos “como [nos] convém saber”. Na opinião de Paulo, pensar e saber nos são dados por Deus visando ao propósito de amar a Deus e amar as pessoas.
Pensar: a tarefa humilde de cortar lenha para o fogo
A lição extraída de 1 Coríntios 8.1-3 é que pensar é perigoso e indispensável. Sem uma profunda obra da graça no coração, o conhecimento – o fruto do pensar – ensoberbece. Mas, com a graça no coração, o pensar abre a porta do conhecimento humilde. E esse conhecimento é o combustível para o fogo do amor a Deus e ao homem. Se abandonarmos o pensar sério em nossa busca de Deus, esse fogo se apagará.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Noticias da Italia




O Pr. Fabiano Nicodemo (à direita na foto ao lado), missionário em Cesena/Itália, pede aos irmãos em Cristo que orem pelo ex-padre Luca De Pero (na foto com o pastor). Ele foi afastado esta semana pela Igreja Católica de suas funções em uma igreja próxima a Cesena, na região Centro-Norte da Itália, sob a acusação de heresia por ter se convertido ao Evangelho e pregado e distribuído bíblias. Ele também foi reprimido por ter levado o pastor para pregar em sua igreja durante a chamada Sexta-Feira Santa.
O ex-padre celebrará sua última missa neste domingo (28). “Ore para que Deus dê-lhe ousadia para falar de seu amor por Jesus e sobre o real motivo de ter sido afastado da igreja; não por questões de saúde como foi alegado. Interceda também por seu futuro e o apoio como possível obreiro da terra dos batistas brasileiros aqui em Cesena”, pede o pastor.
Luca De Pero se converteu em 2010 e, desde então, tem sido discipulado semanalmente pelo Pr. Nicodemo. Seus testemunhos foram responsáveis pela conversão de vários outros católicos.
O Projeto "Tu Me Amas?" teve no ex-padre seu primeiro fruto entre os catequistas.
Ore para que o ex-padre seja fortalecido pelo Senhor e continue levando a verdadeira Palavra de salvação aos italianos.

Jesus na Bíblia

domingo, 28 de agosto de 2011


Vamos esclarecer as coisas!

Os tempos ficarão difíceis, não para a Igreja Evangélica, mas para aqueles evangélicos que:
  • insistirem que a Bíblia é inerrante; 
  • acreditarem que foi Deus que criou o mundo e não a evolução; 
  • afirmarem que o casamento é entre um homem e uma mulher; 
  • declararem que só Jesus Cristo salva e que o Cristianismo é a única religião verdadeira; 
  • acreditarem na necessidade da Igreja; 
  • se recusarem a negar qualquer das posições acima.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Pr Marcos Granconato - Desafios após visitar uma igreja no Japão


Pr. Marcos no Japão - Notícias do dia 24/06

Meu tempo aqui no Japão está se findando. Amanhã (dia 24 de junho) vou a um acampamento onde, no sábado, celebraremos as Bodas de Prata do Pr. Carlos Nagaoka e sua esposa Dulce. No domingo, dia 26, será minha despedida. Teremos o culto na IBR Tarui pela manhã e, depois, vamos almoçar no Lago Biwa, o maior do país, há 45 minutos de onde estou hospedado. Ali, talvez, dê tempo de visitar o Castelo de Hikone, construído no século 17.

Vou embora do Japão com o coração apertado. Há aqui paisagens exuberantes (vi o Monte Fuji ontem e parecia estar sonhando); há cidades belíssimas, onde tanto a arquitetura antiga como e moderna impressionam mesmo os visitantes mais desatentos; há também uma atmosfera ordeira permeando tudo, um volume equilibrado na fala das pessoas, no ruído das ruas... nada passando dos limites, nem mesmo em cidades enormes como Tóquio (onde parece que os carros não têm buzina).

De certa forma, isso tudo me cativou. Sem bancar o fariseu, o que me faz ficar com o coração apertado ao ir embora é a sensação de que estou deixando para trás um povo carente de salvação, uma nação que não sabe nada da mensagem que levo comigo. Sinto-me como se estivesse indo embora da Somália, levando comigo um saco de pão. Meu Deus bondoso, alivie meu coração!

Sim, pois andando e conversando por aqui descobri que a maior parte dos japoneses (especialmente os jovens) jamais leu sequer uma linha dos Evangelhos. Vi isso com meus próprios olhos: Entrevistei uma moça para o nosso site que nunca tinha visitado uma igreja. Ela assistiu ao nosso culto e, quando lhe deram uma Bíblia em japonês, mostrando-lhe a passagem que eu estava expondo (1Ts 1.2-10), ela não parou mais de ler, inquirindo ansiosa acerca do significado daquelas palavras tão estranhas para ela. Soube de uma senhora japonesa que perguntou se Jesus era jogador de futebol... Soube de outra que discordou de uma crente quando ouviu dela que estava perdida; “Não estou não. Eu conheço bem este bairro!”.

Durante toda a minha vida eu aprendi acerca da Bíblia. Desde menininho me ensinaram sobre Jesus e sua doce mensagem. Na juventude me tornei professor das Escrituras e, mesmo estando no fim da faixa dos quarenta, ainda a ensino com o amor de quem descobriu a verdade hoje cedo, durante o café da manhã. Fazendo um balanço, porém, percebo que grande parte do meu tempo eu gasto repetindo admoestações para pessoas que repetem erros. Isso mesmo: eu ensino quem já sabe. De fato, o que faço na maior parte do tempo é recordar lições que todos ouviram muitas vezes, mas que alguns esqueceram ou decidiram chutar para escanteio.

Enquanto faço isso, explicando o sentido das palavras gregas do NT, milhares de jovens que andam por Shibuya, o lugar mais “badalado” do centro de Tóquio, nunca ouviram alguém recitar João 3.16. Pior: jamais imaginaram que existe um livro chamado “Evangelho de João”. Eles cresceram ouvindo falar de espíritos que circulam entre nós ou que moram em santuários de madeira; na escola, quando meninos, participaram de festividades em que faziam oferendas aos deuses dos seus antepassados ou diziam frases para espantar onis - demônios de cara feia que podem trazer muita infelicidade; alguns deles, ainda hoje, quando saem de uma sala, voltam-se para trás e se curvam em honra a uma entidade espiritual qualquer.

É esse o país que tenho que deixar para trás. Aqui há tantas luzes! E as pessoas vivem na escuridão! Mesmo assim, tenho que ir embora. Se Deus quiser, chego ao Brasil no início da semana que vem. Volto para meus alunos e ovelhas a quem devo repetir, infinitamente, as mesmas lições; e a quem devo admoestar pelos mesmos pecados, usando sempre os mesmos textos e obtendo, quase sempre, os mesmo resultados. Embarco em Nagoya na segunda-feira, às 15h. Deixo a Somália, levando comigo um saco de pão.

Pr. Marcos Granconato
Soli Deo gloria



http://www.igrejaredencao.org.br/ibr/index.php?option=com_content&view=article&id=517:pr-marcos-no-japao-noticias-do-dia-2406&catid=21:eventos&Itemid=115

Conferência Fiel 2011



quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Como Evitar Desequilíbrios Religiosos


 


 

Arthur W. Pink

Os nossos esforços para sermos corretos nos podem conduzir ao erro.
A operação do Espírito, no coração humano, não é inconsciente nem automática. A vontade e a inteligência humana devem ceder e cooperar com as benignas intenções de Deus. Penso que é neste ponto que muitos de nós se perdem. Ou tentamos nos tornar santos, e, então, falhamos miseravelmente; ou, então, procuramos atingir um estado de passividade espiritual, esperando que Deus aperfeiçoe nossa natureza, em santidade, como alguém que se assentasse esperando que um ovo de pintarroxo chocasse sozinho. Trabalhamos febrilmente, para conseguir o impossível, ou não trabalhamos de forma alguma. O Novo Testamento nada conhece da operação do Espírito em nós, à parte de nossa própria resposta moral favorável. Vigilância, oração, autodisciplina e aquiescência inteligente aos propósitos de Deus são indispensáveis para qualquer progresso real na santidade. Existem certas áreas de nossas vidas em que os nossos esforços para sermos corretos nos podem conduzir ao erro, a um erro tão grande que leva à própria deformação espiritual. Por exemplo:

1. Quando, em nossa determinação de nos tornarmos ousados, nos tornamos atrevidos. Coragem e mansidão são qualidades compatíveis; ambas eram encontradas em perfeitas proporções em Cristo, e ambas brilharam esplendidamente na confrontação com os seus adversários. Pedro, diante do sinédrio, e Paulo, diante do rei Ágripa, demonstraram ambas essas qualidades, ainda que noutra ocasião, quando a ousadia de Paulo temporariamente perdeu o seu amor e se tornou carnal, ele houvesse dito ao sumo sacerdote: “Deus há de ferir-te, parede branqueada”. No entanto, deve-se dar um crédito ao apóstolo, quando, ao perceber o que havia feito, desculpou-se imediatamente (At 23.1-5).


2) Quando, em nosso desejo de sermos francos, tornamo-nos rudes.Candura sem aspereza sempre se encontrou no homem Cristo Jesus. O crente que se vangloria de sempre chamar de ferro o que é de ferro, acabará chamando tudo pelo nome de ferro. Até o fogoso Pedro aprendeu que o amor não deixa escapar da boca tudo quanto sabe (1 Pe 4.8).


3) Quando, em nossos esforços para sermos vigilantes, ficamos a suspeitar de todos. Posto que há muitos adversários, somos tentados a ver inimigos onde nenhum deles existe. Por causa do conflito com o erro, tendemos a desenvolver um espírito de hostilidade para com todos quantos discordam de nós em qualquer coisa. Satanás pouco se importa se seguimos uma doutrina falsa ou se meramente nos tornamos amargos. Pois em ambos os casos ele sai vencedor.


4) Quando tentamos ser sérios e nos tornamos sombrios. Os santos sempre foram pessoas sérias, mas a melancolia é um defeito de caráter e jamais deveria ser mesclada com a piedade. A melancolia religiosa pode indicar a presença de incredulidade ou pecado, e, se deixarmos que tal melancolia prossiga por muito tempo, pode conduzir a graves perturbações mentais. A alegria é a grande terapia da mente. “Alegrai-vos sempre no Senhor” ( Fp 4.4).


5) Quando tencionamos ser conscienciosos e nos tornamos escrupulosos em demasia. Se o diabo não puder destruir a consciência, seus esforços se concentrarão na tentativa de enfermá-la. Conheço crentes que vivem em um estado de angústia permanente, temendo que venham a desagradar a Deus. Seu mundo de atos permitidos se torna mais e mais estreito, até que finalmente temem atirar-se nas atividades comuns da vida. E ainda acreditam que essa auto-tortura é uma prova de piedade.

Enquanto os filósofos religiosos buscam corrigir essa assimetria (que é comum à toda raça humana), pregando o “meio-termo áureo”, o cristianismo oferece um remédio muito mais eficaz. O cristianismo, estando de pleno acordo com todos os fatos da existência, leva em consideração este desequilíbrio moral da vida humana, e o medicamento que oferece não é uma nova filosofia, e sim uma nova vida. O ideal aspirado pelo crente não consiste em andar pelo caminho perfeito, mas em ser conformado à imagem de Cristo.

http://editorafiel.com.br/artigos_detalhes.php?id=112

Justificação Simplificada

Justificação Simplificada from iPródigo on Vimeo.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

ORIENTAÇÕES PARA ODIAR O PECADO


Por Richard Baxter 
Tradução: Joelson Galvão Pinheiro 

I. Orientação 

Se esforce tanto para conhecer a Deus quanto para ser afetado pelos Seus atributos. Viva sempre diante Dele. Ninguém pode conhecer o pecado perfeitamente porque ninguém pode conhecer Deus perfeitamente. Você não pode conhecer o pecado mais do que você conhece a Deus, contra quem o seu pecado é cometido; a malignidade formal do pecado é relativa, pois é contra a vontade e os atributos de Deus. O homem piedoso tem algum conhecimento da malignidade do pecado porque ele tem algum conhecimento do Deus que é ofendido pelo mesmo. O ímpio não tem um conhecimento prático e prevalente da malignidade do pecado porque eles não têm um conhecimento de Deus. Aqueles que temem a Deus temerão o pecado; aqueles que em seus corações são irreverentes e impertinentes para com Deus, serão, em seus corações e em suas vidas, a mesma coisa para com o pecado; o ateísta, que acha que não existe Deus, também acha que não há pecado contra Ele. Nada no mundo inteiro irá nos mostrar de maneira tão simples e poderosa a maldade do pecado, do que o conhecimento da grandeza, bondade, sabedoria, santidade, autoridade, justiça, verdade, e etc., de Deus. Portanto, o senso da Sua pre- sença irá reviver em nós o senso da malignidade do pecado. 

II. Orientação 

Considere bem o ofício de Cristo, Seu sangue derramado e Sua vida santa. Seu ofício é ex- piar o pecado e destruí-lo. Seu sangue foi derramado por ele. Sua vida o condenou. Ame a Cristo e você odiará o que causou Sua morte. Ame-O e você irá amar ser feito à imagem Dele, e odiará aquilo que é tão contrário a Ele. 

III. Orientação 

Pense bem o quão santo é a obra e o ofício do Espírito Santo, e quão grande misericórdia is- to é para nós. Irá o próprio Deus, a luz celestial, descer a um coração pecaminoso para iluminá-lo e purificá-lo? E ainda devo manter minha escuridão e corrupção, em oposição a essa maravilho- sa misericórdia? Embora nem todo pecado contra o Espírito Santo seja uma blasfêmia imperdoá- vel, tudo é ainda mais agravado por meio disso. 

IV. Orientação 

Considere e conheça o maravilhoso amor e a misericórdia de Deus, e pense no que ele tem feito por você e você odiará o pecado, e terá vergonha dele. É um agravamento do pecado até mesmo para a razão comum e a ingenuidade, que devemos ofender um Deus de infinita bonda- de que encheu nossas vidas de misericórdia. Você será afligido se você tem injustiçado um extra- ordinário amigo; seu amor e sua bondade virão aos seus pensamentos e você sentirá raiva de sua própria maldade. De um lado veja a grande lista das misericórdias de Deus pra você, para sua alma e seu corpo. Do outro, observe satanás, escondendo o amor de Deus de você, e tentando você debaixo de uma pretensa humildade de negar Sua grande e especial misericórdia; procu- rando destruir seu arrependimento e humilhação escondendo também o agravamento do seu pecado. 

V. Orientação 

Pense no propósito da existência da alma humana. Para que ela fora criada? Para amar, obedecer, e glorificar nosso Criador; e você verá o que é o pecado, pois ele perverte e anula esse propósito. Quão excelentemente grande e santa é a obra para o qual fomos criados e cha- mados para fazer! E deveríamos desonrar o templo de Deus? E servir ao diabo em sua imundície e tolice, quando deveríamos receber, servir, e glorificar nosso Criador?

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Teste o seu amor e a sua ira


A presença de ira egoísta indica a ausência de amor genuíno. “O amor”, disse Paulo, “não se ira facilmente” (1Co 13.4-7). Ele não é dado a súbitas explosões de emoção ou ação. Não responde com ira às faltas cometidas contra ele.
Paulo não estava falando sobre a ira diante do pecado e suas terríveis consequências. Essa é uma indignação justa, que os cristãos devem ter. Quando Jesus expulsou os mercadores e os cambistas do templo (Jo 2.14-15), Ele estava genuinamente irado porque a casa de Seu Pai estava sendo profanada. Mas Ele nunca reagiu assim quando foi pessoalmente atacado ou criticado. Da mesma forma, é certo você ficar irado quando os outros são maltratados, quando Deus é ofendido ou quando a Palavra de Deus é deturpada. Mas o amor “tudo suporta” diante dos ataques pessoais.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

[DEVOCIONAL] John Piper – Jó, o Homem Justo, e a Estrela de Rock


 

Jó, o Homem Justo, e a Estrela de Rock

Considerando o poder e a influência popular sobre os jovens
Quando Jó perdeu seus dez filhos, mortos por um vendaval que os esmagou (como os furacões que devastam e destroem em nossos dias), ele rasgou seu manto, rapou a cabeça, lançou-se em terra e adorou. E disse: “Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou;  bendito seja o nome do SENHOR!” (Jó 1.21) Depois, quando ferido de tumores em todo o corpo, Jó disse à sua esposa que amaldiçoava a Deus: “Temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal?” (Jó 2.10). Em ambos os casos, o autor do livro de Jó acrescenta que ele “não pecou” nestas afirmações ousadas a respeito da soberania de Deus sobre o vento, a enfermidade e Satanás (ver Jó 1.22; 2.10).
Neste sentido, quais são as principais influências para os jovens em nossos dias? Que mensagem está sendo transmitida a respeito do governo de Deus sobre todas as coisas, o direito de dar e tomar que Ele tem como Criador e sua autoridade para governar o mundo? Uma estrela de rock, filha de um pastor metodista da Carolina do Norte, sofreu aborto. À idéia de que este acontecimento doloroso estava na vontade de Deus, ela respondeu: “Se estava, então eu chutarei o traseiro dEle, porque não estou interessada em ‘seja feita a tua vontade’. Sendo mãe desta criança, eu quero a minha vontade e não a tua” (Foster’s Sunday Citizen, 15 de novembro de 1998).
Posteriormente, Jó falou sobre pessoas como sua esposa e essa estrela de rock. Eles são prósperos, não compreendem que sua própria respiração é um dom da graça que eles não merecem (Deus não é “servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais” — Atos 17.25). Tais pessoas não têm uma vida de gratidão contínua para com a paciência e a tolerância de Deus (“Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?” — Romanos 2.4). Acham que o prazer é a norma da vida e interpretam o sofrimento como uma ocasião para blasfemarem do Altíssimo. Jó diz a respeito deles: “São estes os que disseram a Deus: Retira-te de nós! Não desejamos conhecer os teus caminhos. Que é o Todo-Poderoso, para que nós o sirvamos? E que nos aproveitará que lhe façamos orações?” (Jó 21.14-15)
Que é o Todo-Poderoso, para que nós o sirvamos?
Essa é uma pergunta excelente, dependendo do tom de voz. Eis uma parte da resposta.
• Ele é razão por que você chegou a existir. “Nele, foram criadas todas as coisas” (Colossenses 1.16).
• Ele é a razão por que você continua existindo. Ele sustenta “todas as coisas pela palavra do seu poder” (Hebreus 1.3).
• Ele decide por que você existe e o faz cumprir os seus objetivos. “Tudo foi criado por meio dele e para ele” (Colossenses 1.16).
• Ele governa todas as autoridades que parecem tão influentes na terra. “Jesus Cristo… o Soberano dos reis da terra” (Apocalipse 1.5).
• Somente Ele tem autoridade para perdoar pecados. “Quem pode perdoar pecados, senão um, que é Deus? …o Filho do Homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados” (Marcos 2.7, 10).
• Opor-se a Deus é tolice em extremo. “Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hebreus 10.31).
• Amar a Deus e aproximar-se dEle é sabedoria plena. “Na tua [de Deus] presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente” (Salmos 16.11). “Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós outros” (Tiago 4.8).
Portanto, com regozijo e tremor, humilhemo-nos sob a poderosa mão de Deus. O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã (Salmos 30.5). Os caminhos de Deus são, freqüentemente, estranhos. Mas, quando esses caminhos são estranhos, Jó é um exemplo melhor do que uma estrela de rock.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Hino 400. Quão preciosas são as horas




1. Quão preciosas são as horas
na presença de Jesus,
comunhão mui deliciosa
de minha alma com a luz!
Os cuidados deste mundo
não me podem envolver,
pois é Ele meu abrigo
quando o Tentador vier,
quando o Tentador vier.

2. Ao sentir-me pressionado
por problemas terreais,
irritado, enfraquecido,
em hesitações carnais,
a Jesus eu me dirijo
nesses tempos de aflição.
As palavras que Ele fala
trazem-me consolação,
trazem-me consolação.

3. Se confesso meus temores,
toda a minha imperfeição,
Ele escuta com paciência
essa triste confissão
e dá forças pra que eu
vença o pecado e todo o mal.
Ele é sempre meu Amigo,
o melhor e mais leal,
o melhor e mais leal.

4. Se quereis saber quão doce
é com Deus ter comunhão,
podereis, então prová-lO
e tereis compensação.
Procurai estar sozinhos
em conversa com Jesus
e tereis na vossa vida
paz perfeita, graça e luz,
paz perfeita, graça e luz.



Autora: Ellen Lakshmi Goreh

Compositor: George Coles Stebbins


Este, que hoje vos apresento, que é o número 151 do "Cantor Cristão", foi escrito por uma senhora chamada Ellen Lakshmit Goreh, que nasceu na cidade de Benares, na Ìndia, em 11 de setembro de 1853.
«Pertencia á mais alta casta (Mahratta Brahmim),tendo a Sua mãe morrido quando ela tinha apenas um ano.
Ellen foi adotpada, tendo o seu novo pai, algum tempo depois, perdido todas as suas propriedades, e assim, a menina foi acolhida pela família do Pastor W. T. Storrs.
Neste lar ela aceitou o Senhor Jesus Cristo como seu Salvador pessoal, e passado um tempo viajou com eles para a Inglaterra, onde foi educada.

Em 1880, Ellen voltou à sua terra natal como Missionária entre as mulheres. Não foi fácil para esta senhora de alta casta. Houve muita oposição e dificuldades. Entretanto,o seu caráter e vida espiritual brilharam como um farol entre o seu povo, que vivia em tanta escuridão. Foi no meio dessas dificuldades e preconceitos que Ellen escreveu hinos de louvor, e sobre a vida cristã: hinos que demonstravam de onde ela recebia a força para a sua vida e seu ministério.

O hino Comunhão Preciosa (Preciosas são as Horas), foi ouvido pela primeira vez numa grande reunião missionária em Londres, em 1883. O hinista e publicador, George C. Stebbins, compôs a melodia. Desde o início, o hino tornou-se uma benção para os que cantavam. Pelo encorajamento da hinista Francis Havergal, Ellen publicou o hinário From Índia’s Coral Stand:Hymns of Cristians Faith (Da Costa de Coral da Índia:Hinos de Fé Cristã) naquele ano.

Desta coleção, este é o hino que foi traduzido pelo missionário Myron August Clark em 1894.
Passou a fazer parte de quase todos os hinários evangélicos do Brasil. Hoje, depois de mais de um século, continua a abençoar os nossos corações.

http://olhaioliriodocampo.blogspot.com/2009/07/os-meus-hinos-queridos.html

quinta-feira, 18 de agosto de 2011


Grupos gays ameaçam entrar na Justiça 




contra outdoor de evangélicos


Ribeirão Preto terá Parada do Orgulho Gay no próximo domingo (21).
Pastor refuta homofobia porque 'Bíblia está escrita há milhares de anos'.

Do G1 SP
Outdoor causa polêmica em cidade do interior de SP (Foto: Silva Júnior/Folhapress)Outdoor causa polêmica em cidade do interior de SP (Foto: Silva Júnior/Folhapress)
Os organizadores da Parada Gay de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, prometem contestar na Justiça outdoors colocados pela igreja evangélica Casa de Oração que citam mensagens bíblicas sobre homossexualidade. Os grupos gays reclamam de provocação, já que no domingo (21) ocorre a 7ª Parada do Orgulho Gay no município.
Segundo o pastor Antônio Hernandes Lopes, no entanto, o objetivo é apenas “expressar o que Deus diz a respeito da homossexualidade”. Nas frases, que citam a Bíblia, lê-se: “Assim diz Deus: ‘Se também um homem se deitar com outro homem, como se fosse mulher, ambos praticaram coisa abominável...’”. Há ainda outras duas passagens relacionadas ao tema.
"Todos os seres humanos têm direito a expressar o que quiserem, mas têm o ano todo para fazer isso. Fazer na semana da diversidade é uma maneira de ataque, não tinha essa necessidade", afirma Agatha Lima, uma das responsáveis pela Parada Gay na cidade.
“Estamos aproveitando a oportunidade que eles estão divulgando a maneira de viver deles para expressar o que Deus diz a respeito”, rebate o pastor. Ele diz que o outdoor foi colocado em um ponto distante do trajeto da Parada Gay, justamente para evitar confrontos.
Mas não é o que diz Agatha Lima. "Esse outdoor é apenas um dos cinco que foram instalados na cidade. E esse, próximo à Câmara Municipal, está a um quarteirão do nosso Centro de Referência da Diversidade Sexual", diz.
O pastor da Igreja Casa de Oração refuta a acusação de homofobia: “É algo que já está divulgado há milhares de anos”, afirma Antônio Hernandes. “Nós amamos essas pessoas, oramos por elas, elas são bem-vindas, mas a vida, a forma que elas vivem, está contrária àquilo que Deus diz”, argumenta.

Abriram as Inscrições para o Congresso de Psicologia e Cristianismo no Mackenzie


Abriram as Inscrições para o Congresso de Psicologia e Cristianismo no Mackenzie!

ÚLTIMAS INSCRIÇÕES DISPONÍVEIS!

O Mackenzie vem oferecendo há vários anos congressos internacionais de grande porte onde são tratados temas relevantes para a comunidade acadêmica e para o público em geral. Nestes congressos procura-se abordar os assuntos do ponto de vista da confessionalidade cristã reformada do Mackenzie em diálogo com outros olhares e entendimentos.

Este Congresso sobre Psicologia e Cristianismo segue esta linha de abordagem. Os principais palestrantes, Dr. David Powlison eDr. Eric Johnson, são doutores formados em universidades seculares na área de psicologia, e tratarão do tema do ponto de vista cristão. Outros palestrantes, igualmente preparados, lançarão um olhar secular e crítico sobre esta relação entre fé e psicologia.

É um momento inédito, em que uma Universidade de grande porte e renome encara o assunto Psicologia e Cristianismo pelo viés cristão sem perder o diálogo com outras abordagens do tema.

Veja os temas de algumas palestras e oficinas:
  • "Modelos Psicológicos como Narrativas Autobiográficas"
  • "Família e  Religiosidade na Prática Clínica"
  • "O Contraste entre uma Perspectiva Psicoterápica e uma Perspectiva Redentiva"
  • “Onde as Cosmovisões fazem a Diferença na Psicologia”
  • "Entendendo a Natureza Humana"
  • "Psicoterapias em Disputa para a Cura da Alma"

As inscrições já estão abertas. CLIQUE AQUI para se inscrever e para mais informações.

As palestras serão transmitidas ao vivo pela internet e ficarão disponíveis para download gratuito após o evento.

http://tempora-mores.blogspot.com/2011/07/abriram-as-inscricoes-para-o-congresso.html

Quatro Passos para Mortificar o Pecado

Sinclair Fergunson


1. Aprenda a reconhecer o pecado conforme ele realmente é.
Chame espada de espada! Chame o pecado de "imoralidade sexual”, ao invés de “Estou sendo um pouco tentado "; chame de ’impureza‘, e não de “eu estou lutando com pensamentos indevidos”; chame de "desejo mal o qual é idolatria”, ao invés de “eu acho que preciso de ordenar minhas prioridades um pouco melhor."


2. Veja o pecado conforme ele realmente é na presença de Deus.
"Por estas coisas é que vem a ira de Deus" (Cl 3.6). Somos instruídos a arrastar nossas cobiças (ainda que seja chutando e gritando) para a cruz, para o Cristo que suportou em si a ira.


3. Reconheça a inconsistência de seu pecado.
Você se despiu do ’velho’ homem e se revestiu do "novo homem" (Col. 3.9-10). Você não é mais o ‘velho’ homem. A identidade que você tinha "em Adão" se foi.


4. Mate seu pecado (Cl 3.5).
É simples assim. Rejeite seu pecado; mate-o de “fome” e abandone-o. Você não pode "mortificar" o pecado sem a dor da morte. Não há outra maneira!


http://www.blogfiel.com.br/2011/07/4-passos-para-mortificar-o-pecado.html

segunda-feira, 15 de agosto de 2011


‎"Jesus veio para ressuscitar os mortos, justificar os culpados e condenados, lavar aqueles que estavam sujos e cheios de impurezas, resgatar o perdido do inferno, vestir com glória aqueles que estavam cobertos de vergonha e renovar a uma abençoada imortalidade aqueles que se encontravam corrompidos por vícios repulsivos"

                                                             João Calvino

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A brasileira e as afegãs


Por D. César, da missão Interserve Brasil-CEM

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A capa da revista Veja de 19 de maio traz uma rica e bem apresentável mulher brasileira e, no canto superior esquerdo, duas mulheres afegãs cobertas pela típica burca azul.
A brasileira ilustra a reportagem de capa de 15 páginas "O milionário mora ao lado". As afegãs ilustram a reportagem de mesmo número de páginas "Afeganistão – um inferno para as mulheres". A primeira reportagem afirma que seis brasileiros de classe média se tornam milionários a cada hora – em outras palavras, temos um novo milionário a cada 10 minutos no Brasil. Incrível.
A segunda reportagem afirma que 57% das afegãs se casam antes da idade mínima permitida por lei, de 16 anos – e, claro, com maridos geralmente mais velhos, escolhidos por outros. Incrível também.
No Afeganistão apenas 15% das mulheres com mais de 15 anos sabem ler e escrever.
Mais incrível ainda é saber que 87% das desnutridas afegãs sofrem violência física, sexual ou psicológica – 82% destas dos próprios familiares (leia-se maridos, na maior parte dos casos).
Não dá para continuar insensível. Só não vê quem não quer. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. A capa da revista é uma pregação por si mesma.
O contraste atesta mais uma vez que o Brasil evangélico de hoje tem condições e obrigações de fazer muito mais pelos seus pobres e pelos pobres do mundo afora. Ainda mais os pobres que não conhecem a graça redentora de Jesus. Pelo menos por amor e temor a Deus, criador de todos neste mundo, e por gratidão àqueles que deixaram sua zona de conforto e vieram dividir conosco esta "maravilhosa graça" – não muitos anos atrás.
Está mais do que na hora de deixarmos de ouvir a vergonhosa estatística de que o brasileiro contribui, em média, com míseros R$ 2,30 para missões – o equivalente a um refrigerante por ano. Nós podemos e devemos ser e fazer muito mais do que isso.

Que Deus tenha misericórdia de nós.

Projeto Bíblias para a Africa

O que é o evangelho?

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Participando da multiplicação

    
Era quinta-feira. Estávamos ansiosos para ouvir as notícias das outras aldeias através do contato feito pelo rádio. Cada missionário fez um breve relato dos últimos acontecimentos. As notícias que ouvimos da aldeia Palimi-Ú penetrou suavemente quando a missionária Isabel disse: - Ontem, 5 homens sairam aqui de Palimi-Ú e foram visitar uma outra aldeia para animar os novos convertidos daquele lugar. Eles queremcolocar em prática o que aprenderam no último MICALI (Ministério de Capacitação de Líderes).
Aquelas palavras fortaleceram nossa fé e esperança. Os desafios que lançamos aos palimitheris através do livro de Atos se transformaram em ação 

Minutos mais tarde, enquanto fazíamos nossa devocional, meditamos sobre a multiplicação dos pães e peixes. Em João 6.9 lemos: 

"Aqui está um rapaz com cinco pães de cevada e dois peixinhos, mas o que é isto para tanta gente? " 
Ouvimos sobre 5 indígenas praticando a Palavra de Deus. Lemos sobre 5 pães para alimentar cerca de 5 mil homens. Nos dois casos a necessidade é muito maior que o suprimento, mas entre os dois há o Jesus multiplicador. Esta verdade multiplicou nosso ânimo para mais um dia de ensino na aldeia onde estávamos. Pelo poder do Senhor os 44 alunos macuxi que participaram do MICALI farão diferença em sua comunidade (cerca de 240 pessoas)
Você pode fazer parte deste milagre da multiplicação perseverando em oração por nossos irmãos indígenas. Ore também por nós enquanto preparamos nossa próxima viagem e todo o planejamento de viagens para 2012.
Com carinho.
Servindo nas aldeias.
Sergião e Marcia

sábado, 6 de agosto de 2011

A plenitude da bondade e da graça de Deus – Jonathan Edwards (1703-1758)

O termo glória, aplicado a Deus ou a Cristo, tem, por vezes, o significado claro de comunicação da plenitude de Deus e apresenta um sentido praticamente equivalente ao da bondade e da graça abundantes de Deus. É o caso em Efésios 3.16: "para que, segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior". A oração "segundo a riqueza da sua glória" é, sem dúvida alguma, equivalente àquela que aparece nessa mesma epístola, no capítulo 1.7: ("segundo a riqueza da sua graça") e no capítulo 2.7: ("a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus"). O termo glória é usado do mesmo modo em Filipenses 4.19: "E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades". Romanos 9.23: "A fim de que também desse a conhecer as riquezas da sua glória em vasos de misericórdia, que para glória preparou de antemão". Nesse versículo e nos anteriores, o apóstolo fala de como Deus revelou duas coisas: sua grande ira e sua abundante graça. A primeira, nos vasos de ira (versículo 22) e a segunda, que ele chama de riquezas da sua glória, nos vasos de misericórdia (versículo 23). Assim, quando Moisés diz: "Rogo-te que me mostres a tua glória", ao conceder o que ele pede, Deus responde, "Farei passar toda a minha bondade diante de ti" (Êx33.18,19).

Convém observar, em particular, o que encontramos em João 12.23-32. As palavras e o comportamento de Cristo, dos quais temos um relato nessa passagem, argumentam a favor de duas coisas.

Que a felicidade e a salvação dos homens foi o fim visado de modo supremo por Cristo nas suas obras e nos seus sofrimentos. As mesmas coisas que observamos anteriormente (Capítulo Dois, Seção Três), com referência à glória de Deus, também podem ser observadas a respeito da salvação dos homens. Ao se aproximar das dificuldades mais extremas da sua incumbência, Cristo se consola com a perspectiva de obter a glória de Deus como o seu fim maior. E, ao mesmo tempo, e exatamente da mesma maneira, a salvação dos homens também é mencionada como o fim dessas obras e desses sofrimentos intensos, que satisfez a sua alma diante da perspectiva de suportar tais coisas (Comparar os vs. 23 e 24; e também 28 e 29;vs.31e32.).


Tendo em vista que a glória de Deus e as emanações e os frutos da sua graça na salvação do homem são referidas por Cristo nessa ocasião exatamente do mesmo modo, seria bastante estranho entender que ele estava falando de duas coisas distintas. A ligação é de tal natureza que as suas palavras subsequentes devem, naturalmente, ser entendidas como exegéticas [isto é, explicativas] em relação ao que ele disse anteriormente. Ele começa falando de sua própria glória e da glória do Pai como o fim maior a ser alcançado por aquilo que ele está prestes a sofrer; então, explica e expande essa idéia naquilo que expressa acerca da salvação dos homens, que será obtida por meio da sua obra. Assim, no versículo 23, ele diz: "É chegada a hora de ser glorificado o Filho do homem". E, no que segue, ele mostra claramente de que maneira seria glorificado, ou em que consistia a sua glória: "Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto".

Assim como muito fruto é a glória da semente, a multidão de remidos, decorrente sua morte, é a sua glória. E, com referência à glória do Pai, vemos no versículo 27: "Agora, está angustiada a minha alma, e que direi eu? Pai, salva-me desta hora? Mas precisamente com este propósito vim para esta hora. Pai, glorifica o teu nome. Então, veio uma voz do céu: Eu já o glorifiquei e ainda o glorificarei'.

Cristo foi grandemente consolado pela certeza daquilo que a voz lhe declarou e sua alma até mesmo exultou diante dos seus sofrimentos iminentes. A natureza dessa glória, na qual a alma de Cristo foi de tal modo consolada nessa ocasião, é mostrada claramente nas palavras do próprio Cristo. Quando o povo disse que parecia um trovão e outros disseram que um anjo lhe falara, Cristo lhes explicou o significado da voz, nos versículos 30-32: "Então, explicou Jesus: Não foi por mim que veio esta voz, e sim por vossa causa. Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso. E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo". Por meio do comportamento e das palavras do nosso Redentor, nos parece que as expressões de graça divina na santificação e na felicidade dos remidos são, em especial, a glória dele próprio e do seu Pai, a alegria que lhe estava proposta, pela qual ele suportou a cruz e não fez caso da ignomínia [Hb 12.1,2], e que essa glória em especial era o fim do trabalho de sua alma, um fim que, ao ser alcançado, lhe deu satisfação (Is 53.10,11).

Trata-se de uma ideia coerente com o que acabamos de observar acerca de a glória de Deus ser representada com frequência como um resplendor, emanação ou comunicação de luz, a partir de um luminar ou fonte de luz. O que mais pode representar de modo tão natural e apropriado a emanação da glória interna de Deus, ou o fluxo e comunicação abundante da plenitude infinita do bem que há em Deus? A luz é usada com muita frequência nas Escrituras para representar consolo, alegria, felicidade e o bem em geral.

By  josemarbessa.com